Paulo Leminski (Coleção Melhores Poemas)

Postado por Fernanda Mathièu , segunda-feira, 23 de abril de 2012 12:46

  • Autores: Fred Góes e Álvaro Marins
  • Gênero: Poesia Brasileira
  • Editora: Global
  • ISBN: 8526005278
Valor: R$ 20,00 (Cobramos Frete para outros estados)        
Para comprar: partilhaliteraria@hotmail.com


Paulo Leminski foi uma das grandes surpresas da poesia brasileira nos últimos trinta anos. Pertencendo a uma geração de insatisfeitos e irreverentes levou a insatisfação e a irreverência àquele ponto extremo para o qual só há uma saída: renovar ou se retirar. Renovou. Teve o dom mágico de mostrar ao país uma voz inconfundível, personalíssima, fluente e cheia de sonoridades misteriosas, como os rios. E como os rios, enriquecida por muitos afluentes: dos hai-kais de Bashô às experiências concretistas.
Paulo Leminski Filho (1944-1989) nasceu e morreu em Curitiba. Foi seminarista e faixa preta de judô, professor, publicitário, apresentador de tevê. Gostava de polemizar. Era uma mistura de samurai e trovador. Homem de contrastes, como as suas origens étnicas: tinha sangue polonês e negro nas veias. Em sua poesia também convivem muitos contrastes e inquietações, ideais libertários e de contracultura, possivelmente os contrastes, ideais e inquietações de sua geração, o que explica a intensa receptividade popular de sua poesia.
Em vida, Leminski lançou três livros de poemas: Caprichos e Relaxos (1983), Haitropikais (1985), em parceria com Alice Ruiz, e Distraídos Venceremos (1987). Outros foram publicados após a sua morte, mostrando um poeta prolífico e fascinado por muitos caminhos, mas extremamente preocupado com a linguagem, a expressão gráfica do poema, herança talvez do concretismo, e a concisão: "um pouco de mao/ em todo poema que ensina/ quanto menor/ mais do tamanho da china".
Essas preocupações podem sugerir que tenha sido um poeta de gabinete. Nada mais falso. Os poemas de Leminski nascem de "suas vivências de beatnik caboclo", extraídos ainda palpitantes da árvore verde da vida, e, como observou Leyla Perrone Moisés, parecem "tão simples que é quase um desaforo".

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